pescado-brasileiro
   Pouco falado, porém a recente redução de impostos via decreto do Governo Federal, implicou também em menos 4% de incidência de impostos para o pescado brasileiro também.
     A medida ajuda um pouco – mas muito pouco – um setor que poderia ser muito mais fundamental na alimentação da população brasileira. O país consome 2 milhões de toneladas anuais de peixe e produz 1,6 milhão, ou seja, depende para seu abastecimento da importação, especialmente da China e do Chile.
     O fato de a produção de pescado brasileiro ser insuficiente resulta em um custo maior no preço final. Há mais pessoas querendo comprar do que produto de qualidade disponível, o que torna caro este alimento.  E este aspecto é decepcionante pela importância de o pescado estar disponível a baixo custo para as famílias e mudar um pouco a matriz da nutrição brasileira, muito dependente nas proteínas em primeiro lugar da carne bovina e em segundo lugar da carne de frango.
     O Brasil é um dos países com maior área de costa no mundo e maior bacia hidrográfica do mundo. Em tese, o paraíso ideal para produção de peixes de água salgada e água doce. Porém as políticas públicas não estão com foco para este setor e por isso o abastecimento tendo a permanecer em deficit. O apoio existente é pequeno e modesto.
     Há grupos como a família ex-proprietária da Sadia investindo em piscicultura, assim como outros. Pode ser que pelo lado da iniciativa privada a produção ande mais rápido. Aguardemos.