A bola está ficando murcha.
Alguns restaurantes dão mostras de exaustão quando sua administração é baseada somente em custos. Ao focar no essencial algumas vezes se invade o terreno da mesquinharia e o conjunto todo se desfigura em salários menores, falta de pessoal, de recursos técnicos e metas impossíveis de alcançar. Para encher essa bola, um novo projeto pode representar uma oportunidade de ouro e reverter esse quadro, quando alinha a participação do pessoal operacional com certificações externas, num trabalho conjunto. Existem outras formas de economia com cooperação, tecnologia e competência.
O efeito de curva da bola nova.
Enquanto os arautos da modernidade pregam por criatividade, sem mostrar muitas vezes como é isso, uma revolução intensa está rolando solta com pessoas de bem, longe das planilhas de custos. Existem atividades de uma vida normal, como os trabalhos domésticos, de voluntariado ou participações em causas importantes. Com a família voltando ao centro dos planos, a vida vai além do dinheirinho nosso de cada dia e se conforta em merecidos momentos de felicidade. As pessoas e as empresas se identificam por sinais mútuos de integridade e confiança, numa nova forma de mercado percebida ainda por poucos. Quer participar?
A ONU e seus 17 ODS.
Neste mercado desde 2008 Green Kitchen está atuante e cada vez mais bem acompanhada. A ONU, por exemplo, lançou em 2015 seus 17 ODS Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, um conjunto de ações para combater a pobreza, proteger o meio ambiente e trazer paz as pessoas. Esses objetivos são parte da Agenda 2030 e servem como base a muitos programas de convivência, ajuda e respeito. Os serviços de foodservice podem atuar em 11 desses 17 ODS, com mudança de cultura e nenhum tostão a mais.
https://brasil.un.org/pt-br/sdgs
Os administradores e a ESG.
Derivado de reuniões na mesma ONU, empresas mais sérias criaram o ESG – Enviromental, Social e Governance, (Ambiente, Social e Governança) e o integraram aos relatórios e balanços das empresas para entrarem e se manterem firmes nas bolsas. O valor nas bolsas já é medido pelo quanto se vai além das ações financeiras. Muitas outras empresas já mostram idoneidade quando consideram a agenda 2030 como modelo em ações pelo meio ambiente, pelo apoio social e compromisso com a ética. https://www.esgthereport.com/what-are-esg-certifications/#What-is-ESG
Os engenheiros e a pegada de carbono.
Uma das metas ambientais do ESG é a diminuição da pegada de carbono com redução nas emissões de dióxido de carbono e metano, pelo uso racional de seus veículos, máquinas, pessoas e cadeia de suprimentos. A pegada de carbono média nos Estados Unidos é de 12 toneladas por pessoa, a média mundial em torno de 4 toneladas. A The WWF recomenda que a pegada de carbono pessoal deve ser reduzida para menos de 2 toneladas anuais até 2050, para que a temperatura suba menos 2 ºC, revertendo assim as previsões de graves e mudanças climáticas. https://www.footprintcalculator.org/en/quiz/0/transportation/air-transport
Os agricultores e o abastecimento.
Do outro lado do balcão, os ambientalistas do icmbio.gov,br e os agricultores conscientes do Instituto Brasil Orgânico https://institutobrasilorganico.org e do Instituto Brasileiro de Agricultura Sustentável www.iba.agr.br, fazem seu trabalho de apoio, educação e desenvolvimento em programas sustentáveis com os mais diversos tipos de agricultura natural, ou eco sustentável, em opções regenerativas, de sintropia ou biodinâmica. A comercialização no campo está se organizando em cooperativas de agricultura familiar e brevemente as cadeias de abastecimento estarão integradas.
Os médicos e a Lancet.
Uma comissão de 37 cientistas reunidos pela revista médica Lancet para tratar de produção orgânica, de alimentos e consumo de dietas saudáveis prevê que as atuais tecnologias naturais podem garantir a alimentação de até 10 bilhões de seres esperados no mundo, em 2050. É a prática da sustentabilidade que torna a alimentação naturalmente saudável e vice-versa. Recomendam de início cuidar das atuais dietas insalubres que representam um risco de morbidez e mortalidade maior do que o uso inseguro de sexo, álcool, drogas e tabaco juntos.
https://eatforum.org/eat-lancet-commission/eat-lancet-commission-summary-report/
Os veterinários e as criações saudáveis.
O agronegócio ainda opera na faixa de conveniência de cada criador e de maneira ainda predatória ao ambiente. Agora a Brazilian Environment Commodites Exchange, traz enfim novos paradigmas para criações sustentáveis de animais, desde o nascimento o até a reciclagem do lixo agropecuário. Muitas empresas voltadas a reprodução animal já precisam emitir também deus Relatórios de Sustentabilidade, numa satisfação ao seu mercado interno e externo e as melhores práticas já começam a ser incorporadas. https://animalbusiness.com.br/medicina-veterinaria/formacao-pratica/sustentabilidade-e-novo-campo-para-medicina-veterinaria/
Biologia em tudo que vive.
Indo além do rápido sequenciamento do genoma, que tanto auxiliou no desenvolvimento das recentes vacinas, a biologia estará presente em nosso futuro, até em áreas que ainda desconhecemos. Hoje dividida em quatro campos, biomolecular, biossistemas, biomáquinas e biocomputação, a biologia se torna a base das curas e das novas culturas de alta produção sem toxidades no campo. Se estima que até 60% dos nossos insumos físicos podem ser saudavelmente obtidos com base nas novas possibilidades biológicas.
Os arquitetos e o Green Building.
Para haver construções mais seguras, distribuídas com equilíbrio e em contato com a natureza, se renovam as normas governamentais, observadas por responsáveis arquitetos e engenheiros de várias especialidades. Indo além, algumas empresas e associações adicionam outros elementos que colocam suas atividades em um patamar ainda mais elevado, ao tratar de conforto com eficiência energética, uso de água e reuso de materiais, como é o caso do programa Green Building do mundo inteiro. https://www.worldgbc.org/
Os nutricionistas e a Green Kitchen.
Enquanto o dióxido de carbono e o metano contaminam o ar e prejudicam o clima, os agrotóxicos utilizados como herbicidas, fungicidas e fumegantes, depredam uma outra parte do ar, dos solos e fontes de água, além de aumentar a resistência de insetos e microrganismos. E o que mais sobra são resíduos tóxicos nos nossos alimentos diários. Além de recomendar mastigar bem, comer devagar e evitar qualquer alimento com agro venenos, muitos nutricionistas também se preocupam com as águas, o ar e a imunidade de seus clientes, em dietas com PANCS, compostos fenólicos e observando o PRAL (alimentação em pH neutro).
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37415/1/Alimenta%C3%A7%C3%A3o%20e%20imunidade.pdf
O capital está capitulando.
O planeta Terra, por seu solo, árvores, água, ar e organismos vivos, tem um imenso valor econômico, um “Capital Natural”, formado por seus recursos naturais. É esse conjunto vivo que sustenta a economia, move a sociedade e torna a vida humana possível. É o capital de todos os capitais, que é diariamente desgastado e precisa de um tempo para se recuperar. A WWF.org informa que desde 2014, a humanidade o está desgastando 1,5 vezes mais rápido do que a Terra pode repor. O Instituto Akatu atualiza para 1,7 vezes. https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegada_ecologica/pegada_ecologica_global/
https://akatu.org.br/dia-da-sobrecarga-da-terra-essa-conta-nao-fecha/
Há uma moeda de ouro girando no ar.
As empresas se valorizam nas bolsas com o ESG. Os edifícios Green Building se valorizam no setor imobiliário, assim como as cozinhas Green Kitchen complementam esses modelos e elevam o patamar de hospitais, de escolas, instituições e do varejo em geral. Como consultores em serviços de alimentação, nosso trabalho é mostrar as opções possíveis, inseri-las na cultura existente e coordenar as demais especialidades em projetos ou operações com sustentabilidade.
050822 aurelio@precx.com.br